quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

CICATRIZ

A noite vagarosa chega enquanto
Ventos de agosto cantam sem parar
Um réquiem de tristeza e o contracanto
De uma saudade a se denunciar

E nos acordes de tão triste canto
Olhei me olhaste e sem poder falar
Vi no teu rosto esquálido o espanto
De um triste adeus gravado em teu olhar

E assim os ventos gélidos de agosto
Deixaram estranhas marcas no meu rosto
E na minha alma funda cicatriz

Agora enfrento a dor sempre sorrindo
Enquanto sofro por estar fingindo
Os outros pensam que eu sou feliz

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