quarta-feira, 29 de julho de 2015

COMEÇOS E TROPEÇOS





 Sentada em frente ao computador começa a arenga. As letras que tanto me ensinaram agora estão mudas. Elas violentaram minha infância. Lembro do quanto me fizeram chorar até se tornaram minhas conhecidas. Nunca consegui penetrar a verdadeira essência da escrita com suas pontuações, espaços, muitos e variados sinais. Tropeço na sinalização dos começos. 
Se minha vida começou num tumulto, na corrida pela vida e pelo desconhecido, por que haveria de viver calma e tranquilamente? A vida inteira assim, o desconhecido sinalizando, a concorrência impulsionando e a desinformação colocando pedras no caminho. No meu não havia apenas uma pedra. Quantos monumentos, quantos cascalhos miúdos, dissolvidos, areia movediça que me segurava os pés nos abismos do inconsciente. E, foi, assim, que resolvi pensar. E enquanto eu pensava que pensava, compreendi que bom seria nunca ter aprendido, nunca ter visto a vida pelas lentes que eu julgava da sabedoria. Hoje sei que a sabedoria está na ignorância. Saber demais só faz sofrer. Vejo os pássaros que ao pressentirem mudanças perigosas do tempo, buscam abrigo, guiados apenas pelos instintos. Os instintos do homem são perversos. Na verdade nunca aprenderam nada. Estudam, constroem e destroem. Aprendem belas palavras para com elas enganarem seus semelhantes. O ser humano tem medo dele mesmo. Falta-lhe simplicidade para entender o simples. Para apreciar a rosa por ser simplesmente uma flor. 
Não sei, meu Deus, o que foi que eu fiz para receber o castigo de ter nascido gente.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

SAUDADE PRESA



LIVRO DE SONETOS ONDE FALA A SAUDADE - PREMIADO PELA ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS

DOIS POETAS & UM CRÍTICO


NESTE LIVRO RETRATO AS FIGURAS DE ÁLVARO LINS -CRÍTICO - E DOS POETAS AUDÁLIO ALVES E MARIA DO CARMO BARRETO CAMPELO 

DOIDO É QUEM TEM JUÍZO


DOIDO NÃO SOFRE, QUEM SOFRE É O DONO DO DOIDO

A MORTE CEGA


CRÔNICAS INTIMISTAS QUE FALAM DE PERDA E SAUDADE - PREMIADO PELA ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS

DEIXE DE SER BESTA


RIR AINDA É O MELHOR REMÉDIO - PRA QUÊ EU NÃO SEI. EM TODO CASO... 

DO QUINTAL PARA O MUNDO


O TÍTULO FALA POR SI

PECADOS DE AREIA


A VENTURAS DE UMA MENINA SAPECA
Esgotado

MEMÓRIAS DO VENTO


CRÔNICAS E CONTOS - HISTÓRIAS CONTADAS PELO VENTO

OLHO DO GIRASSOL


LIVRO DE CRÔNICAS E CONTOS - PRÊMIO VÂNIA CARVALHO CONFERIDO PELA 
ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS 

A MALDIÇÃO DO SERVIÇO DOMÉSTICO


SE NÃO ACREDITA - LEIA

A MAGIA DA SERRA



HISTÓRIAS DE UMA MENINA  QUE VIVEU AO PÉ DA SERRA

EM PONTO MORTO

  
LIVRO DE POEMAS PUBLICADO EM 1980 - Esgotado

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

DE ONDE PARA ONDE QUANDO?


               Que voz se esconderá no tempo e chamará por mim e dirá meu nome para que eu saiba que nunca fui um sonho. Será que só agora descobri nos segredos do silêncio, a minha voz, a minha dor, na ausência de uma vida que não foi?

                 Assim se espalham as estrelas, assim se acende o sol, assim se esconde a lua. Tudo é mistério nas garras do tempo e nos segredos do mundo.

SAUDADE PRESA

A porta se fechou, fechou-se a vida
O meu olhar no teu mergulhou fundo
E ao neles ver o adeus da despedida
             Senti que ali se consumava o mundo

            E a história de amor interrompida
No espaço infinito de um segundo
Encravou em minha alma dividida  
Um silêncio sem fim forte e profundo

             Hoje a lembrança que te faz presente
Conserva sempre viva sempre ardente
No coração, do amor a chama acesa 
                                         
E quando um dia eu me for também
Hei de levar comigo para o além 
Dentro do peito uma saudade presa